28 de junho – Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+
Dia 28 de junho é celebrado como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Em atenção e com todo respeito à luta da população LGBTQIA+ o Instituto Viva Direitos tem um recado para vocês.
#PraCegoVer: Primeiro, aparece a imagem de uma bandeira com as cores do arco-íris e a logo do Instituto Viva Direitos. Depois, Pedro, homem branco, usando óculos de grau e uma camiseta branca com os dizeres Instituto Viva Direitos em cinza, dá o seu recado. Ao fundo há uma parece branca e um quadro com um quebra-cabeças emoldurado. Ao lado da imagem de Pedro permanece um desenho da bandeira com as cores do arco-íris. Após a fala de Pedro aparece uma imagem com duas mãos levantando uma placa branca, com os dizeres “LOVE IS LOVE” em letras coloridas.
Transcrição da fala:
Oi, pessoal. Eu sou o Pedro, do Instituto Viva Direitos, e nesse mês de junho, que é o mês da comunidade LGBT, eu queria trazer uma reflexão aqui para todos nós.
Eu, como membro LGBT do Instituto que está sempre à luta propagando que todos tenham os mesmos direitos, procurei algo esses dias que a gente ouve muito falar e trouxe aqui pra vocês.
Uma das frases mais comuns que chegam aos nossos ouvidos é essa: “Eu respeito a causa LGBT mas não concordo”. E isso uma vez ficou na minha cabeça e eu comecei a pensar: tá certo isso? A pessoa respeitar e não concordar? E eu fui atrás do significado da palavra respeito e trouxe aqui pra vocês terem uma ideia. Olha só.
Respeito é o sentimento que leva alguém a tratar outras pessoas com grande atenção às necessidades ou assuntos dessas pessoas. Isto é, quando alguém diz que respeita e não tem atenção aos seus direitos, não é respeito. Quando alguém diz que respeita mas não tem atenção às necessidades que você tem, não é respeito.
E aí as pessoas dizem “ah, mas eu não concordo”. Gente, concordar só é válido quando tem como ponto de referência uma opinião. Nós podemos concordar que gostamos de azul, nós podemos concordar que gostamos de comer batata frita, há várias opiniões. Agora sexualidade é um fato, é algo pessoal. E quando o ponto de referência é um fato da vida pessoal de alguém, não há o que se concordar, não cabe o concordar. Apenas o respeito que é justamente isso, dar a devida atenção às necessidades, aos direitos que cada um tem.
O que a causa LGBT pede não é nada mais nada menos que os mesmos direitos. Direito de ter uma certidão com o próprio nome, de ter um casamento com quem ela queira, de ter uma adoção, quer dizer, algo que é básico em nossa sociedade em pleno século XXI.
E ouvir pessoas dizendo que “ah eu não consigo explicar isso pro meu filho, como que eu vou falar, é tanta coisa”… Gente, nós estamos em plena era da informação, em plena era digital, existem mil e um canais pra gente buscar isso e já está tudo mastigado pra gente passar pra eles, então é algo muito fácil.
O que não pode ser feito é que a comunidade LGBT, como eu, tenha que parar – porque nós estudamos, trabalhamos, pagamos os impostos – que a gente tenha que para pra explicar o que é respeito, se deve-se ou não concordar.
Então eu peço isso a vocês, para que reflitam que quando alguém diz que respeita, é compulsório que haja uma atenção às necessidades, a essa causa.
Tá bem pessoal? Fica aí minha dica. Um grande beijo pra vocês, se cuidem!